Ráisa Paco - Cerâmica Artesanal
Em um pequeno ateliê aninhado na Encosta da Serra da Moeda, em Carneiros, Brumadinho, Ráisa Paco transforma o barro, a argila em peças singulares, com suas mãos e coração como guias. Inspirada nas tradições populares e indígenas da cerâmica brasileira e latino-americana, ela investiga, aprende com outros ceramistas e cria uma ligação entre passado e presente. Assim, valoriza e preserva saberes ancestrais que ecoam através das eras e culturas, entrelaçando-se com a própria essência da terra, provedora, com sua dádiva de alimento, abrigo e moradia - a Mãe Terra.
A argila se converte em professora viva e fértil, ensinando paciência, tempo, espera, e também as lições da frustração, do silêncio, da surpresa e do recomeço. Em seu ciclo constante
Ráisa explora diversas queimas que fazem do fogo um colaborador criativo e um mentor, revelando surpresas e efeitos únicos. Experimenta técnicas variadas, como queimas a gás e a lenha, incluindo a técnica japonesa Raku, ocidentalizada e adaptada ao longo dos anos.
Nessa sinfonia de elementos, Ráisa dá forma a mini esculturas que adornam como colares e amuletos, cria esculturas e peças inspiradas em animais, na natureza, no feminino e nos elementos, além de peças ritualísticas que exploram a relação com a espiritualidade.
Seu carinho pelo ensino é evidente, refletindo-se no desejo de partilhar aprendizados e encorajar a expressão cerâmica e artística em pessoas de todas as idades. Reconhece a educação como a trilha para preservar, questionar e refletir sobre a cultura e complexidades sociais. Atualmente, ela leciona na clínica de saúde mental Freud Cidadão, auxilia em oficinas do Projeto Anagana, e ministra cursos individuais e em grupo.
Ráisa Paco é graduada pela Escola Guignard, UEMG, com habilitações em cerâmica e pintura desde 2012, mas seu caminho como educadora começou em 2010. Originária de Belo Horizonte, ela se mudou para Brumadinho há dois anos, impulsionada pelo desejo de estar perto da natureza e entre ceramistas locais, aprender, partilhar e fortalecer a produção cerâmica da região, enquanto busca se redescobrir no cerne de si mesma e do mundo que a cerca
